sexta-feira, 4 de junho de 2010

TERRORISMO EM FLOTILHA: NÚMERO DE VÍTIMAS PODE SUBIR PARA 19

Como era esperado, o exército israelense confiscou todos os celulares, câmeras, ipods, blackberrys, ou seja, usaram seus vídeos com sua versão e intentaram não deixar nenhuma prova ou pista das barbaridades lá cometidas com o aval do seu governo. Só  a brasileira Iara Lee diz que perdeu U$150 em câmeras e lentes, mas disse que os ativistas conseguiram salvar registros do ataque que teriam sido escondidos em peças de roupas. "A gente conseguiu salvar algumas fitas com imagens do ataque, que costuramos nas nossas roupas e não foram encontradas pelas autoridades israelenses", disse a brasileira.
Após ser solta da prisão israelense disse que o número de vítimas é maior do que o anunciado oficialmente pelo governo israelense, que não contaram os vítimas que foram lançadas ao mar.
"Nossa contabilidade é de que 19 pessoas morreram. Ainda há gente desaparecida, não sabemos o que aconteceu com eles. E ainda há feridos muito graves, praticamente morrendo, que não conseguimos retirar do hospital em Tel Aviv", disse.
"Havia crianças de um ano em nosso barco", diz ela, que estava no Mavi Marmara, o principal barco de passageiros que transportava centenas de ativistas e onde ocorreram as mortes. "Pusemos pessoas famosas a bordo, como o escritor sueco Henning Mankell, dois parlamentares alemães, acreditando que isso nos daria alguma proteção, mas eles (os soldados) nem ligaram", afirmou a brasileira.
Iara contou que os atiradores de elite do Exército de Israel entraram no principal navio da frota "atirando para matar". Ela disse que o operador de internet do Mavi Marmara foi morto com um tiro na cabeça.
"Ele estava na sala de operações, perto da ponte, por onde entraram os atiradores de elite. O corpo dele foi encontrado com um tiro na cabeça", disse ela nesta quinta-feira, antes de embarcar para os Estados Unidos, onde vive.
Iara contou que estava embaixo do convés no momento do ataque, mas quando subiu para procurar seu cinegrafista, viu quatro corpos e vários feridos. "Era muito sangue, eu comecei a passar mal, tive ânsia de vômito e até desisti de procurá-lo".

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